sábado, 14 de junho de 2014

The Boyhood of Raleigh. John Everett Millais

John Everett Millais, The Boyhood of Raleigh1870
Nota da Tate Modern
This painting shows an episode from the childhood of the famous sixteenth-century explorer Sir Walter Raleigh. It remains one of Millais’s most popular pictures. The young Raleigh and his brother are listening with rapt attention to the tales of ‘wonders on sea and land’ told by a ‘sunburnt, stalwart Genoese sailor’.Millais is thus showing us a national hero in the making. The toy ship in the lower left suggests Raleigh’s future adventures at sea. Millais painted the background to the picture on the Devon coast near Exeter, not far from where Raleigh had been born.


9 comentários:

  1. IF all the world and love were young,
    And truth in every shepherd's tongue,
    These pretty pleasures might me move
    To live with thee and be thy Love.

    But Time drives flocks from field to fold;
    When rivers rage and rocks grow cold;
    And Philomel becometh dumb;
    The rest complains of cares to come.

    The flowers do fade, and wanton fields
    To wayward Winter reckoning yields:
    A honey tongue, a heart of gall,
    Is fancy's spring, but sorrow's fall.

    Thy gowns, thy shoes, thy beds of roses,
    Thy cap, thy kirtle, and thy posies,
    Soon break, soon wither--soon forgotten,
    In folly ripe, in reason rotten.

    Thy belt of straw and ivy-buds,
    Thy coral clasps and amber studs,--
    All these in me no means can move
    To come to thee and be thy Love.

    But could youth last, and love still breed,
    Had joys no date, nor age no need,
    Then these delights my mind might move
    To live with thee and be thy Love.

    Sir Walter Raleigh

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  2. Life
    Sir Walter Raleigh

    What is our life? A play of passion,
    Our mirth the music of division,
    Our mother's wombs the tiring-houses be,
    Where we are dressed for this short comedy.
    Heaven the judicious sharp spectator is,
    That sits and marks still who doth act amiss.
    Our graves that hide us from the setting sun
    Are like drawn curtains when the play is done.
    Thus march we, playing, to our latest rest,
    Only we die in earnest, that's no jest.




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  3. "If God had not sent us help, we might have wandered a whole year in that labyrinth of rivers, ere we had found any way. I know all the earth does not yield the like confluence of streams and branches, the one crossing the other so many times, and all so fair and large, and so like one another as no man can tell which to take. And if we went by the sun or compass, hoping thereby to go directly one way or the other, yet that way also we were carried in a circle among multitudes of islands. Every island was so bordered with big trees as no man could see any farther than the breadth of the river or length of the branch."

    Sir Walter Raleigh, in The Quest for El Dorado

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  4. On the banks of these rivers, were divers sorts of fruits good to eat; flowers, too, and trees of such variety as were sufficient to make two volumes of travels. We refreshed ourselves many times with the fruits of the country, and sometimes with fowls and fish. We saw birds of all colors: some carnation, some crimson, orange, tawny, purple, and so on; and it was unto us a great good passing time to behold them, besides the relief we found by killing some store of them with our fowling-pieces."

    Sir Walter Raleigh, in The Quest for El Dorado

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  5. Raleigh Was Right

    We cannot go into the country
    for the country will bring us no peace
    What can the small violets tell us
    that grow on furry stems in
    the long grass amoung lance shaped leaves?

    Though you praise us
    and call to mind the poets
    who sung of our loveliness
    it was long ago!
    long ago! when country people
    would plow and sow
    with flowering minds and pockets at ease —
    if ever this were true.

    Not now. Love itself a flower
    with roots in a parched ground.
    Empty pockets make empty heads.
    Cure it if you can but
    do not believe that we can live
    today in the country
    for the country will bring us no peace

    — William Carlos Williams


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  6. NAU CATRINETA

    Lá vem a Nau Catrineta
    Que tem muito que contar!
    Ouvide agora, senhores,
    Uma história de pasmar.

    Passava mais de ano e dia
    Que iam na volta do mar,
    Já não tinham que comer,
    Já não tinham que manjar.

    Deitaram sola de molho
    Para o outro dia jantar;
    Mas a sola era tão rija,
    Que a não puderam tragar.

    Deitaram sortes à ventura
    Qual se havia de matar;
    Logo foi cair a sorte
    No capitão general.

    - “Sobe, sobe, marujinho,
    Àquele mastro real,
    Vê se vês terras de Espanha,
    As praias de Portugal!”

    - “Não vejo terras de Espanha,
    Nem praias de Portugal;
    Vejo sete espadas nuas
    Que estão para te matar.”

    - “Acima, acima, gageiro,
    Acima ao tope real!
    Olha se enxergas Espanha,
    Areias de Portugal!”

    - “Alvíssaras, capitão,
    Meu capitão general!
    Já vejo terras de Espanha,
    Areias de Portugal!”
    Mais enxergo três meninas,
    Debaixo de um laranjal:
    Uma sentada a coser,
    Outra na roca a fiar,
    A mais formosa de todas
    Está no meio a chorar.”

    - “Todas três são minhas filhas,
    Oh! quem mas dera abraçar!
    A mais formosa de todas
    Contigo a hei-de casar.”

    - “A vossa filha não quero,
    Que vos custou a criar.”

    - “Dar-te-ei tanto dinheiro
    Que o não possas contar.”

    - “Não quero o vosso dinheiro
    Pois vos custou a ganhar.”

    - “Dou-te o meu cavalo branco,
    Que nunca houve outro igual.”

    - “Guardai o vosso cavalo,
    Que vos custou a ensinar.”

    - “Dar-te-ei a Catrineta,
    Para nela navegar.”

    - “Não quero a Nau Catrineta,
    Que a não sei governar.”

    - “Que queres tu, meu gageiro,
    Que alvíssaras te hei-de dar?”

    - “Capitão, quero a tua alma,
    Para comigo a levar!”

    - “Renego de ti, demónio,
    Que me estavas a tentar!
    A minha alma é só de Deus;
    O corpo dou eu ao mar.”

    Tomou-o um anjo nos braços,
    Não no deixou afogar.
    Deu um estouro o demónio,
    Acalmaram vento e mar;

    E à noite a Nau Catrineta
    Estava em terra a varar.

    Almeida Garrett, Romanceiro

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  7. “Que viaje à roda do seu quarto quem está à beira dos Alpes, de inverno, em Turim, que é quase tão frio como São Petersburgo – entende-se. Mas com este clima, com este ar que Deus nos deu, onde a laranjeira cresce na horta, e o mato é de murta, o próprio Xavier de Maistre, que aqui escrevesse, ao menos ia até o quintal”.

    Almeida Garrett, "Viagens na Minha Terra"

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  8. AÇOR
    Agamémnon! Fora eu entre as aves
    que o teu áugure estudou nos céus,
    quando fizeste entrar nas naves
    o povo que, tão longe, venceu,
    e talvez que adivinhando o destino meu,
    tivesse fincado as patas nos areais do Devon
    e me satisfizesse o El Dorado líquen do fundo.
    Mas não teria voado a História do Mundo.

    "Não sei quanto tempo se passou até que comecei a sentir frio. A luz tinha mudado e as sombras eram longas. Era melhor regressar antes do anoitecer, pensei. Então vi uma rapariguinha que transportava um grande cesto à cabeça. Encontrei os olhos dela, e para meu espanto ela gritou bem alto, ergueu os braços e fugiu a correr. O cesto caiu, eu chamei-a, mas ela voltou a gritar e correu mais depressa. Soluçava enquanto corria, com um pequeno som assustado. Então desapareceu. Dentro de poucos minutos chego ao carreiro, pensei, mas depois de ter caminhado durante o que me pareceu um longo período descobri que o mato rasteiro se me agarrava às pernas e que as árvores se fechavam sobre a minha cabeça. "

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  9. Referências esquecidas...

    Jean Rhys, VASTO MAR DE SARGAÇOS, Lisboa, Difel, 1966, pp. 95.

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