Regresso às fragas de onde me roubaram. Ah! Minha serra, minha dura infância! Como os rijos carvalhos me acenaram, Mal eu surgi, cansado, na distância!
Cantava cada fonte à sua porta: O poeta voltou! Atrás ia ficando a terra morta Dos versos que o desterro esfarelou.
Depois o céu abriu-se num sorriso, E eu deitei-me no colo dos penedos A contar aventuras e segredos Aos deuses do meu velho paraíso.
Miguel Torga, ANTOLOGIA POÉTICA, Coimbra, Edição do Autor, 1981, p. 298.
Agrada-me particularmente esta expressão, "regressantes", que desconhecia até agora. Confere um tom heróico (q.b.) ao regresso. Pelo menos é assim que me soa.
REGRESSO
ResponderEliminarRegresso às fragas de onde me roubaram.
Ah! Minha serra, minha dura infância!
Como os rijos carvalhos me acenaram,
Mal eu surgi, cansado, na distância!
Cantava cada fonte à sua porta:
O poeta voltou!
Atrás ia ficando a terra morta
Dos versos que o desterro esfarelou.
Depois o céu abriu-se num sorriso,
E eu deitei-me no colo dos penedos
A contar aventuras e segredos
Aos deuses do meu velho paraíso.
Miguel Torga, ANTOLOGIA POÉTICA, Coimbra, Edição do Autor, 1981, p. 298.
Agrada-me particularmente esta expressão, "regressantes", que desconhecia até agora.
ResponderEliminarConfere um tom heróico (q.b.) ao regresso. Pelo menos é assim que me soa.
Alguém sabe onde se encontra fisicamente este quadro?
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