E logo saltava de manhã, fresca como uma maçã, sob a carícia da luz, lavando-se num alguidar, pronta para a tarefa diária, ao sol a à chuva, em companhia do gado. Jamais saíra dali e os seus olhos, habituados às galas desta natureza meiga e suave, não se surpreendiam coma sua beleza. Mas do seu mirante diário, Manuela contemplava os perfis distantes das serras, onde desaparecia o sol numa apoteose de oiro. Diziam-lhe que além era o mar, e Manuela absorvia-se na contemplação distante, não imaginando o que seria essencial de que lhe falavam, tão vasto, sem fim, lendário quase. A sua pequena imaginação voava então para longe, galgava o perfil das serras e perdia-se à distancia, nessas cidades que jamais vira, e de que ouvia falar, tão ruidosas, com ruas gigantes e aparelhos infernais...
Abel Salazar, Recordações do Minho Arcaico. Obras Completas de Abel Salazar, vol. IV. Porto, Campo das Letras/Casa-Museu Abel Salazar, 2002, p. 37.
O JARDIM DO ÉDEN
ResponderEliminarDepois, o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, ao oriente, e nele colocou o homem que tinha formado. O senhor Deus fez brotar da terra toda a espécie de árvores agradáveis à vista e de saborosos frutos para comer; a árvore da Vida estava no meio do jardim, assim como a árvore do conhecimento do bem e do mal.
Um rio nascia no Éden para regar o jardim, dividindo-se, a seguir, em quatro braços. O nome do primeiro é Pichon, rio que rodeia toda a região de Havilá, onde se encontra ouro, ouro puro, sem misturas, e também se encontra lá blédio e ónix. O nome do segundo rio é Guion, o qual rodeia toda a terra de Cuche. O nome do terceiro é Tigre, e corre ao oriente da Assíria. O quarto rio é o Eufrates.
O Senhor Deus levou o homem e colocou-o no jardim do Éden, para o cultivar e, também, para o guardar.
GÉNESIS, 2, 8-15, IN BÍBLIA SAGRADA, Lisboa, Difusora Bíblica, 2005.