sábado, 5 de outubro de 2013

Visita à cidade industrial. Setembro de 2013













3 comentários:

  1. "(...) Fraternidade com todas as dinâmicas!
    Promíscua fúria de ser parte-agente
    Do rodar férreo e cosmopolita
    De comboios estrénuos,
    Da faina transportadora-de-cargas dos navios
    Do giro lúbrico dos guindastes,
    Do tumulto disciplinado das fábricas
    E do quase-slêncio ciciante e monótono das correias de transmissão! (...)"

    Álvaro de Campos, "Ode Triunfal", FERNANDO PESSOA. OBRA POÉTICA, Rio de Janeiro, José Aguilar Editora, 1969, p. 306.

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  2. Álvaro de Campos ainda (e sempre) a propósito (ou talvez não):

    "Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!
    Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
    Em fúria fora e dentro de mim,
    Por todos os meus nervos dissecados fora,
    Por todas as papilas fora de tudo quanto eu sinto!
    Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
    De vos ouvir demasiadamente perto,
    E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
    De expressão de todas as minhas sensações,
    Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!"
    - Álvaro de Campos, Ode Triunfal -

    Nós e as máquinas e/ou Nós somos máquinas?
    Tanta é a afinidade com estas imagens?
    Tão belas em nós, afinal...

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  3. Inevitável, a Ode Triunfal, Álvaro de Campos, face a imagens de uma "visita à cidade industrial", como aqui se prova. Um referente marcante, incontornável.

    Ainda nenhum comentário estava visível quando escrevi o meu comentário a este post. Quase a mesma ideia face ao mesmo estímulo visual, e isso é que é interesante. Pelo menos os excertos escolhidos do mesmo poema não são os mesmos.
    Nada de novo debaixo do sol!

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