Gosto de paisagens urbanas em que o mar e seus vestígios nos acompanham (surpreendem?) de perto. Algumas questões podem colocar-se a propósito: já só vemos o que fotografamos? Ou ãlguém fotografa por nós? Será possível fotografar o vento? Dantes distinguíamos a realidade vivida da sua imagem. Agora é a captura da imagem que confere realidade ao que vivemos.Não é uma crítica. Pelo contrário. Gosto de um mundo que se reinventa, até mesmo sensorialmente. Também nós somos mundo.
A imagem falando objecto e do sujeito. O real que mostra é sempre excessivo. Porque revela e oculta.
Revelar é voltar a velar, velar de um modo novo, com um outro véu.Não há possibilidade de tudo estar patente.
A questão das imagens e da sua relação com a realidade interessa-me particularmente. Por isso, aqui trago mais uma perspetiva sobre o assunto:"De toute façon une image ne représente pas une réalité supposée, elle est à elle-même toute sa réalité."- Deleuze, Gilles, Deux Régimes de Fous. 2003, Paris, Les Éditions de Minuit (p. 199)
Gosto de paisagens urbanas em que o mar e seus vestígios nos acompanham (surpreendem?) de perto.
ResponderEliminarAlgumas questões podem colocar-se a propósito: já só vemos o que fotografamos? Ou ãlguém fotografa por nós? Será possível fotografar o vento?
Dantes distinguíamos a realidade vivida da sua imagem. Agora é a captura da imagem que confere realidade ao que vivemos.
Não é uma crítica. Pelo contrário. Gosto de um mundo que se reinventa, até mesmo sensorialmente. Também nós somos mundo.
A imagem falando objecto e do sujeito. O real que mostra é sempre excessivo. Porque revela e oculta.
ResponderEliminarRevelar é voltar a velar, velar de um modo novo, com um outro véu.
ResponderEliminarNão há possibilidade de tudo estar patente.
A questão das imagens e da sua relação com a realidade interessa-me particularmente. Por isso, aqui trago mais uma perspetiva sobre o assunto:
ResponderEliminar"De toute façon une image ne représente pas une réalité supposée, elle est à elle-même toute sa réalité."
- Deleuze, Gilles, Deux Régimes de Fous. 2003, Paris, Les Éditions de Minuit (p. 199)