segunda-feira, 29 de abril de 2013

Peniche. Fins de Abril de 2013

Cidade










Porto 














4 comentários:

  1. Gosto de paisagens urbanas em que o mar e seus vestígios nos acompanham (surpreendem?) de perto.

    Algumas questões podem colocar-se a propósito: já só vemos o que fotografamos? Ou ãlguém fotografa por nós? Será possível fotografar o vento?

    Dantes distinguíamos a realidade vivida da sua imagem. Agora é a captura da imagem que confere realidade ao que vivemos.

    Não é uma crítica. Pelo contrário. Gosto de um mundo que se reinventa, até mesmo sensorialmente. Também nós somos mundo.



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  2. A imagem falando objecto e do sujeito. O real que mostra é sempre excessivo. Porque revela e oculta.

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  3. Revelar é voltar a velar, velar de um modo novo, com um outro véu.
    Não há possibilidade de tudo estar patente.

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  4. A questão das imagens e da sua relação com a realidade interessa-me particularmente. Por isso, aqui trago mais uma perspetiva sobre o assunto:

    "De toute façon une image ne représente pas une réalité supposée, elle est à elle-même toute sa réalité."

    - Deleuze, Gilles, Deux Régimes de Fous. 2003, Paris, Les Éditions de Minuit (p. 199)

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