Dor e prazer não são opostos, como se julga. Para isso nos alertou Nietzsche, e vários poetas o disseram, cada um a seu modo, ainda antes dele. É o caso de Camões: "Dor que desatina sem doer". Neste extraordinário poema de Álvaro de Campos é posta em palavras a experiência do "frio especial das manhãs de viagem". Quem não o sentiu já? A angústia da partida é vivida de um modo individual, através do corpo que cada um de nós é. No entanto, é essa mesma condição que nos irmana na realidade coletiva que também somos. A descoberta na escrita dos poetas do que sentimos e não sabemos dizer assim, devia tornar-nos seres mais gratos e felizes. Além de tudo o mais, porque nos torna mais conscientes de quem somos.
Dor e prazer não são opostos, como se julga. Para isso nos alertou Nietzsche, e vários poetas o disseram, cada um a seu modo, ainda antes dele. É o caso de Camões: "Dor que desatina sem doer".
ResponderEliminarNeste extraordinário poema de Álvaro de Campos é posta em palavras a experiência do "frio especial das manhãs de viagem". Quem não o sentiu já? A angústia da partida é vivida de um modo individual, através do corpo que cada um de nós é. No entanto, é essa mesma condição que nos irmana na realidade coletiva que também somos.
A descoberta na escrita dos poetas do que sentimos e não sabemos dizer assim, devia tornar-nos seres mais gratos e felizes. Além de tudo o mais, porque nos torna mais conscientes de quem somos.