Só que, na verdade, o que se ia passando de menos espectacular, desde 1943 até 1950, era a abertura organizada da pintura portuguesa a uma modernidade autêntica e atuante.
Mas Nadir nem sempre esteve fisicamente presente. "Onde está Nadir?", perguntava-se, e a resposta era sabida: "Em Chaves ou em Paris". Mesmo que não estivesse em Chaves ou em Paris, era num desses locais que deveria estar.
Fernando Guedes, Nadir Afonso, Lisboa, Verbo, s/d. [1964?]
Em Paris, João. Na primavera. :)
ResponderEliminarParece-me particularmente interessante que seja dito neste texto que o que é "menos espetacular", ou seja, o que se faz sem espetáculo, é afinal o que, de facto, conta: "abertura à modernidade autêntica e atuante".
ResponderEliminarA ideia que tenho é que os artistas portugueses foram seguindo essas tendências (mnodernidade) no período referido no texto. Mas que isso não sucedeu relativamente aos anos sessenta, altura tão determinante, em que algo que se perdeu quanto ao que se passou lá fora. Ora, foi exatamente nessa altura que se deram algumas das mais significativas ruturas estéticas da contemporaneidade. Porque teria sido assim?