A pintura torna-se assim um caminho aberto ao infinito; as suas idas e vindas são ilusórias. Ela tem em si o ponto de partida para os extremos que o "dizer" permite, a cor consegue o que só na poesia o verso sabe fazer: dar a distinção entre o mar e água, tocar a diferença do chegar e do partir sobre a circunferência. A pintura de Dacosta vive desta complementaridade da imagem.
João Miguel Fernandes Jorge, Um Quarto Cheio de Espelhos, Lisboa, Quetzal Editores, 1987.
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