terça-feira, 21 de maio de 2013

Um estame de sangue. Vitorino Nemésio

Regresso

Cavalo e cavaleiro o vento adornam
Com uma pata e uma pluma:
À tarde unidos tornam,
Um estame de sangue numa rosa de espuma.

Tanta pressa, afinal, para coisa nenhuma.


Vitorino Nemésio

1 comentário:

  1. Num registo talvez saído de lugares poéticos equivalentes, aqui deixo este outro poema:

    "saio hoje ao mundo,
    cordão de sangue à volta do pescoço,
    e tão sôfrego e delicado e furioso,
    de um lado ou de outro para sempre num sufôco,
    iminente para sempre"

    - Herberto Helder, Servidões, Porto, 2013, Assírio & Alvim (p. 2o)

    ResponderEliminar